quarta-feira, 6 de janeiro de 2010




A amizade dos teus olhos recompensa
De tanto dia inultilmente escuro!
As tuas mãos repetem nos seus gestos
A água feliz dos meus vales sombrios.


A tua voz sabe a férias, mora no fundo
Dos segredos evidentes da infância.

Mal chegas, mal partes. Como o tempo,
Como os combois no túnel imprevisto,
Como um sorriso, como as coisas prefeitas.


De Alberto de Lacerda
In: Palácio

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